O ESTADO DO MATO GROSSO
7.1.5 Solos
A descrição dos solos do Estado do Mato Grosso foi compilada da criteriosa e detalhada documentação produzida pelo Zoneamento Sócio Econômico Ecológico do Estado, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, que identificou e mapeou, na escala 1:250.000, um total de 23 classes de solos (SEPLAN-MT, 2003) (Figura 5).
Figura 5: Mapa de solos do Estado do Mato Grosso.
São solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B latossólico de cor vermelho-escura com tonalidades arroxeadas e teores de Fe2O3,provenientes do ataque sulfúrico maior que 18%. Apresentam normalmente forte atração magnética.
São profundos, friáveis ou muito friáveis, argilosos ou muito argilosos, porosos, permeáveis e estão cobertos por vegetação de Cerrado e Floresta.
Nesta área ocorrem, na maioria das vezes, em condições de relevo plano e suave ondulado, o que junto às suas excelentes características físicas, é responsável pelo intenso uso agrícola mecanizado.
A sua ocorrência mais expressiva e praticamente única é no Planalto de Tapirapuã, contemplando municípios como Tangará da Serra, Nova Olímpia, Arenápolis e Nortelândia.
São solos minerais, profundos, bastante intemperizados, caracterizados por apresentar um horizonte B latossólico, de cor vermelho-escura e possuem teores de Fe2O3 entre 8 e 18%.
Apresentam boa drenagem interna, condicionada por elevada porosidade e homogeneidade de características ao longo do perfil e, em razão disto, elevada permeabilidade. Este fato os coloca como solos de razoável resistência à erosão de superfície.
São sem dúvida alguns dos solos mais expressivos em termos de ocorrência no Estado do Mato Grosso, distribuindo-se por todas as regiões tendo, entretanto, no Planalto dos Parecis, sua maior ocorrência. São cobertos tanto por vegetação de Cerrado quanto por Floresta.
Possuem ótimas condições físicas, que aliadas ao relevo plano ou suavemente ondulado onde ocorrem, favorecem sua utilização com as mais diversas culturas adaptadas à região. Estes solos por serem ácidos e distróficos, ou seja, com baixa saturação de bases, requerem sempre correção de acidez e fertilização.
São solos bem drenados, caracterizados pela ocorrência de horizonte B latossólico de cores vermelhas a vermelho-amareladas, com teores de Fe2O3 iguais ou inferiores a 11% e normalmente maiores que 7%, quando a textura é argilosa ou muito argilosa.
São profundos e suas características físicas são muito favoráveis ao aproveitamento agrícola, refletidas em boa drenagem interna, boa aeração e ausência de impedimentos físicos à mecanização e penetração de raízes.
Têm nas características químicas as principais limitações ao aproveitamento agrícola, impondo a execução de práticas para correção química (adubação e calagem).
São bastante utilizados, ora com pastagens plantadas (textura média), ora com lavouras (textura argilosa). O relevo de sua ocorrência é suave ondulado ou plano, sob vegetação de Cerrado e Floresta.
Apresentam-se distribuídos por praticamente todas as regiões do Estado e suas ocorrências mais significativas estão distribuídas no extremo Norte (Município de Apiacás), Noroeste (municípios de Aripuanã e Juína), Planalto dos Parecis, Planície do Guaporé (Comodoro e Vila Bela da Santíssima Trindade), Bacia do Alto Paraguai (Diamantino, Nortelândia, Denise e Barra do Bugres, entre outros), Chapada dos Guimarães e a Planície do Araguaia (Barra do Garças, Água Boa, Canarana e São Félix do Araguaia).
Diferem dos Latossolos Vermelho-Amarelos apenas pela ocorrência de um gradiente textural excepcionalmente elevado para a classe dos Latossolos.
Têm textura média e possuem apenas limitações de ordem química para o uso agrícola. Práticas de adubação e calagem são inevitáveis, para sua colocação no processo produtivo.
Foram cartografados como dominantes na porção Sudoeste do Estado, abrangendo terras do Município de Cáceres.
São solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural, argila de atividade baixa, cerosidade moderada a forte, estrutura moderada a fortemente desenvolvida em blocos e/ou prismas, cor vermelho-escura com tonalidades arroxeadas e teores de Fe2O3 relativamente elevados (> 15%).
A fertilidade natural é média a alta, a textura é argilosa ou muito argilosa, o gradiente textural é baixo e a profundidade é mediana.
São solos com boas condições físicas e que apresentam como principais limitações ao uso agrícola sua ocorrência em relevo ondulado e forte ondulado, a elevada susceptibilidade à erosão e a presença de pedregosidade e rochosidade em algumas unidades. Quando em áreas de relevo suavemente ondulado podem ser usados para agricultura, tomando-se os devidos cuidados com a erosão.
Em caráter de dominância ocupam as regiões Norte e Sudoeste do Estado.
Solos minerais, não hidromórficos, moderadamente profundos a rasos com distinta diferenciação entre os horizontes, normalmente com textura média, nos horizontes superficiais e argilosa, nos sub-superficiais. Do ponto de vista químico, estes solos apresentam valores elevados de saturação e soma de bases, enquanto os valores de saturação com alumínio são baixos ou até praticamente inexistentes.
Trata-se, portanto, de solos com características químicas excelentes para o uso agrícola, com um elevado potencial nutricional, refletido em alta saturação de bases e capacidade de troca de cátions, além de apresentar uma acidez praticamente nula. No entanto, ocorrem em locais onde o relevo é acidentado e associado a solos rasos. Portanto, prevalecem as limitações decorrentes das fortes declividades que lhes conferem alto risco de erosão. Em razão disto, são mais usados com pastagens, ocupando parte dos municípios de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Trata-se de solos minerais, bem drenados, profundos, caracterizados pela ocorrência de um horizonte B textural sob um horizonte A, que na área é do tipo moderado.
Quimicamente são caracterizados como álicos sendo, pois, desprovidos de elementos nutrientes para os vegetais. A baixa fertilidade natural é o principal empecilho destes solos para o seu aproveitamento pleno na agricultura. Entretanto, a relativa alta erodibilidade é também fator restritivo. Correções químicas são determinantes para a sua utilização plena.
Ocorrem ligados a sedimentos possivelmente retrabalhados, posicionados na baixa vertente dos principais rios da região Noroeste do Estado e aparecendo como dominantes na região dos municípios de Colniza e Aripuanã.
São solos minerais, não hidromórficos, com horizontes B textural, de cor vermelho-amarelada e distinta diferenciação entre os horizontes no tocante a cor, estrutura e textura, principalmente. São profundos e apresentam-se cobertos por vegetação de Floresta e Cerrado nos quais o principal tipo de uso verificado é a pastagem.
De uma maneira geral, pode-se dizer que os Podzólicos são solos bastante susceptíveis à erosão, sobretudo quando há maior diferença de textura do A para o B, presença de cascalhos e relevo mais movimentado com fortes declividades. Neste caso, não são recomendados para agricultura, prestando-se, sobretudo, para pastagem.
Constituem uma das classes de solos mais importantes do Estado do Mato Grosso, ocorrendo como dominante em três regiões: uma extensa faixa na porção Norte, sobretudo nos municípios de Juara, Aripuanã; outra grande concentração na porção Sudoeste, nos municípios de Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Jauru, Figueirópolis d’Oeste, São José dos Quatro Marcos e Araputanga e, finalmente, na região Sudeste, abrangendo área dos municípios de Jaciara, Rondonópolis e Poxoréu.
Diferem dos demais Podzólicos principalmente pela coloração mais avermelhada do horizonte B. Ocorrem em relevo desde suave a forte ondulado e a cobertura vegetal natural é a Floresta.
A baixa fertilidade natural, no caso dos solos distróficos, relevo acidentado em algumas unidades de mapeamento e a relativa alta vulnerabilidade à erosão, são as principais limitações ao uso agrícola destes solos. Aliado ao problema da baixa fertilidade, a presença do horizonte B textural, condiciona uma maior propensão à erosão.
Ocorrem como dominantes em pequenas manchas ao Norte, Município de Guarantã do Norte e na região Sudoeste do Estado, nos municípios de Mirassol d’Oeste e Salto do Céu.
Solos minerais hidromórficos, com mudança de textura abrupta entre o A ou o E e o horizonte B textural que tem alta densidade aparente, cores de redução e/ou mosqueados, decorrentes de drenagem imperfeita ou má.
São solos rasos ou de profundidade média, com permeabilidade lenta abaixo da superfície, em decorrência da porosidade total muito baixa. Isto favorece o encharcamento temporário a que estão sujeitos em conseqüência da situação topográfica baixa que ocupam em áreas receptoras de águas. Em contraposição ao período em que permanecem molhados, durante a época seca, estes solos tornam-se duros a extremamente duros.
As principais limitações à agricultura estão relacionadas, sobretudo, a características físicas desses solos, decorrentes de uma drenagem imperfeita ou má; alta densidade aparente e permeabilidade lenta. Na região do Pantanal são mais usados como pastagens
Ocorrem como dominantes na região do Pantanal Matogrossense, ao Sul do Estado, abrangendo municípios como os de Cáceres, Poconé e Barão de Melgaço.
São solos minerais, hidromórficos ou não, com alta densidade aparente no horizonte B e com porosidade total extremamente baixa, que indicam más condições físicas para o desenvolvimento vegetal. Quando secos, os horizontes abaixo da superfície ficam extremamente duros e compactos, tornando a permeabilidade muito lenta, o que dificulta a penetração do ar, água e raízes.
As principais limitações estão relacionadas às más condições físicas, resultantes da alta densidade aparente, baixa porosidade, lenta permeabilidade nos horizontes B e C, teores elevados em sódio trocável, que inibem o desenvolvimento da maioria das plantas cultivadas, e alta susceptibilidade à erosão.
A ocorrência destes solos restringe-se a pequenas ocorrências na região do Pantanal, Município de Poconé.
Solos minerais não hidromórficos, pouco profundos a rasos, com pequena diferenciação de horizontes, ausência de acumulação de argila, textura franco-arenosa ou mais fina.
Na região de Nova Brasilândia há o predomínio de Cambissolos mais rasos, pedregosos, cascalhentos, ocorrendo em relevo forte ondulado sob vegetação de Floresta.
Na Depressão de Paranatinga são pedregosos, poucas vezes são cascalhentos, ocorrem em relevo desde plano a ondulado, nas planícies, e forte ondulado, nas áreas serranas.
Algumas unidades se prestam bem ao uso agrícola, sendo que o uso mais comum, atualmente, é a pastagem plantada. Num passado próximo, suportaram expressivas lavouras de arroz, principalmente na região de Paranatinga. Hoje, nesta região, prosperam algumas fazendas de criação de gado e produção de sementes de forrageiras.
Em face da grande diversidade de propriedades e também de relevo, não se pode generalizar o uso e as limitações destes solos. De um modo geral, são solos bastante susceptíveis à erosão. A maior parte da área destes solos tem relevo ondulado, forte ondulado ou montanhoso, onde as limitações podem ser fortes ou muito fortes, em decorrência da susceptibilidade à erosão.
Ocorrem de forma expressiva e em caráter de dominância em municípios como Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Rosário Oeste, Nova Brasilândia, Paranatinga, Campinápolis, Água Boa e Canarana.
São solos minerais hidromórficos ou pelo menos com sérias restrições de drenagem, tendo como característica principal a presença de horizonte plíntico dentro de 40 cm da superfície ou a maiores profundidades.
Geralmente ocorrem em locais planos e baixos, onde há oscilação do lençol freático. São solos imperfeitamente ou mal drenados, tendo horizonte plíntico de coloração variegada com cores acinzentadas alternadas com cores avermelhadas e intermediárias entre estas. Este horizonte submetido a ciclos de umedecimento e secagem e, após rebaixamento drástico e prolongado do lençol freático, desidrata-se irreversivelmente, tornando-se extremamente duro quando seco.
Apresentam uma grande diversificação em textura, tendo-se constatado desde solos arenosos até argilosos, sendo característica a grande diferença de textura do A ou E para o horizonte B, por vezes, com mudança textural abrupta.
A principal limitação relaciona-se com a drenagem imperfeita ou má, que limita bastante o uso destes solos durante uma parte do ano, quando ficam saturados com água. Em face da diversidade da textura e de suas características químicas, são mais usados com pastagens. Na Ilha do Bananal, partes destes solos, os mais argilosos, estão sendo usados com arroz irrigado, tendo apresentado grande produtividade.
Na porção Norte do Estado, foram verificados como dominantes em algumas situações elevadas no Município de Aripuanã, mas têm sua grande expressão nas Planícies do Bananal, Guaporé e do Pantanal Matogrossense.
São solos minerais hidromórficos ou não, argilosos (mais de 30% de argila), com argilas de alta atividade (expansivas). Os teores relativamente altos em argila com atividade alta tornam os solos muito plásticos e muito pegajosos quando molhados e de consistência extremamente dura quando secos, além de terem lenta permeabilidade.
Embora quimicamente sejam solos ricos, as más condições físicas que conferem aos solos uma lenta permeabilidade aliada à baixa condutividade hidráulica e grande plasticidade e pegajosidade quando molhados, dificultam o manejo e prejudicam o sistema radicular das plantas.
A ocorrência de vertissolos está restrita ao Pantanal Matogrossense, onde aparecem, apenas, como subdominantes, associados a Solos Aluviais.
Solos minerais hidromórficos, mal ou muito mal drenados, encharcados, ocorrendo em áreas baixas, com textura variável de média a muito argilosa.
As principais limitações ao uso agrícola decorrem da má drenagem, com presença de lençol freático alto e dos riscos de inundação que são freqüentes.
Aparecem em alguns trechos das planícies dos rios Juruena, Arinos, Xingu, Araguaia, Guaporé e ainda trecho da bacia do Rio Piquiri, afluente do Rio Paraguai.
Solos minerais arenosos, bem a fortemente drenados, normalmente profundos ou muito profundos, essencialmente quartzosos, virtualmente destituídos de minerais primários pouco resistentes ao intemperismo.
Possuem textura nas classes areia e areia franca até pelo menos 2 metros de profundidade e são, normalmente, muito pobres.
Ocorrem geralmente em relevo que varia do plano ao ondulado, sob vegetação tanto de Cerrado quanto de Floresta. A textura muito arenosa condiciona uma baixa retenção de umidade e de eventuais elementos nutrientes aplicados, caracterizando-se como uma fortíssima limitação ao seu aproveitamento agrícola.
A ocorrência mais significativa é verificada sobre o Planalto dos Parecis, mais especificamente, em suas porções Sul e Oeste, onde estão sob a vegetação do cerrado.
Outra grande concentração é verificada em municípios como Alto Araguaia, Alto Garças, Itiquira, Poxoréu e General Carneiro.
São solos minerais, hidromórficos, com textura nas classes areia ou areia franca até a profundidade de 2 metros pelo menos.
Ocorrem em ambientes com restrição de drenagem, geralmente com lençol freático elevado e possuem uma fertilidade natural baixa, o que impõe sempre a necessidade de correções químicas para seu aproveitamento.
Trata-se de solos pouco expressivos em termos de ocorrência. Foram verificados como dominantes apenas em pequenos trechos das planícies do Rio Itiquira, na área do Pantanal Matogrossense e do Rio Corixão do Meio na Planície do Bananal (Rio Araguaia).
Solos minerais não hidromórficos, pouco evoluídos, formados em depósitos aluviais recentes, nas margens de cursos d’água.
Devido a sua origem de fontes as mais diversas, esses solos são muito heterogêneos quanto à textura e demais propriedades físicas e químicas, que podem variar num mesmo perfil entre as diferentes camadas.
Os maiores problemas ao desenvolvimento de atividade agrícola nesses solos decorrem dos riscos de inundação por cheias periódicas ou por acumulação de água de chuvas na época de intensa pluviosidade. De uma maneira geral, os solos aluviais são considerados de grande potencialidade agrícola, por ocorrerem em locais de relevo plano, favorecendo a prática de mecanização agrícola intensiva.
Ocupam vários trechos das planícies dos rios Paraguai, Cuiabá e São Lourenço, na região Sul do Estado.
São solos minerais não hidromórficos, pouco desenvolvidos, muito rasos ou rasos, com textura variável, freqüentemente arenosa ou média, ocorrendo textura argilosa e raramente siltosa. São também heterogêneos quanto às propriedades químicas e ocorrem sob vegetação Campestre, de Cerrado e Floresta, em locais com forte declividade, geralmente encostas de morros e bordas de chapadas.
A pequena espessura do solo, a freqüente ocorrência de cascalhos e fragmentos de rocha no seu perfil, a grande susceptibilidade à erosão, mormente nas áreas de relevo acidentado, que são as mais freqüentes onde ocorrem, são as limitações mais comuns para este tipo de solo.
Como dominantes, foram mapeados de forma dispersa nas várias regiões do Estado, destacando-se as bordas das Chapadas de Dardanelos e Serra dos Apiacás.
Com esta denominação foram classificados solos minerais, bem drenados, profundos e que ocorrem sob vegetação de cerrado e de floresta, sobretudo em superfícies aplanadas dos planaltos elevados.
As maiores limitações ao uso agrícola decorrem da grande quantidade de concreções lateríticas consolidadas na massa do solo (normalmente mais de 50% do seu volume), que dificultam muito o uso de máquinas agrícolas e a penetração de raízes. Além disso, os solos são pobres, com baixa saturação de bases.
Suas ocorrências mais expressivas estão nas Chapadas de Dardanelos, Serras dos Apiacás e Caiabis, ao Norte do Estado; sobre o Planalto dos Parecis, na altura do município de Serra Nova do Norte e Peixoto de Azevedo; na região de Canarana e Água Boa, a Leste do Estado e, por fim, na região da Depressão Cuiabana.
São solos minerais, bem drenados, profundos, com presença de concreções de ferro ao longo do perfil em quantidade maior que 50% por volume e aparecem sob vegetação de Cerrado cujo relevo de ocorrência é suave ondulado.
Assim como no caso dos Solos Concrecionários Latossólicos, são limitados, do ponto de vista agronômico, pela presença excessiva de concreções ferruginosas no perfil e pela baixa fertilidade natural.
São dominantes em uma única mancha na Depressão Cuiabana, abrangendo os municípios de Poconé e Nossa Senhora do Livramento.
Solos minerais, bem drenados, de profundidade mediana, com presença de concreções de ferro ao longo do perfil em quantidade maior que 50% do volume.
Estão sob vegetação de Cerrado e o relevo de ocorrência é suave ondulado. Não se prestam à utilização com lavouras, sendo a pastagem de capim braquiária o tipo de utilização mais comum sobre estes solos.
A presença expressiva de concreções e a baixa fertilidade natural associam-se, neste caso, a uma menor profundidade do perfil do solo, para restringir as possibilidades de uso agrícola sobre os mesmos.
Sua maior expressividade, em termos de dominância, é verificada na região da Depressão Cuiabana, nos municípios de Cuiabá, Vargem Grande e Rosário Oeste, entre outros.
Trata-se de unidades onde rochas encontram-se expostas na superfície do terreno, tanto em forma descontínua (matacões e/ou boulders) como em forma contínua (lageado).
Nesses locais, os vegetais superiores não encontram meios para se desenvolverem.
Não se prestam à utilização agrícola, considerando-se tanto os aspectos físicos, quanto químicos e mineralógicos.
Encontram-se distribuídos por praticamente toda a área do Estado, sendo mais comuns em áreas acidentadas. São componentes subdominantes em várias unidades de mapeamento e ocorrem associados a vários solos, principalmente Solos Litólicos.
A categoria de "solos orgânicos" foi mapeada pela SEPLAN-MT, apesar de não ter sido descrita no Zoneamento Sócio Econômico Ecológico do Estado do Mato Grosso, e sua ocorrência principal é apontada nos municípios de Comodoro, Diamantino e Primavera do Leste, com uma área total de 3.221,67km2.