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RESULTADOS



9.2 VERIFICAÇÃO DA NÃO ALEATORIEDADE DA OCORRÊNCIA DE QUEIMADAS

Os resultados da regressão linear efetuada ano a ano mostram a existência de uma forte correlação espacial na ocorrência de queimadas, demonstrando a existência de um padrão intra-anual, repetitivo, e reforçando a idéia da existência de variáveis condicionantes dessas dinâmicas (Figura 26).

Para testar as correlações encontradas, o nível de significância do menor coeficiente de determinação (R2) encontrado foi determinado através da análise de variância, para o biênio 1998-1999, e apresentou uma probabilidade de 2,07x10-16, indicando um alto nível de significância para esse biênio e para os demais.



Figura 26: Gráficos das regressões do número de queimadas ano a ano.


Ainda corroborando o que postulou a hipótese inicial, relacionada ao índice de correlação das queimadas ano a ano, ao observar-se a matriz de correlação (Tabela 8), nota-se que houve uma queda considerável no índice de correlação entre as datas mais distantes. Isso está relacionado ao fato de o padrão de ocorrência de queimadas não ser estático e, portanto, elas não incidirem sempre nos mesmos locais. Os avanços da fronteira agrícola, o surgimento de novas oportunidades locais e regionais, as oscilações econômicas nacionais e internacionais são apenas alguns dos possíveis elementos envolvidos na explicação desse padrão dinâmico.


Tabela 8: Matriz de correlação anual entre as queimadas.

total95

total96

total97

total98

total99

total00

total01

total02

total03

total95

1,00

total96

0,71

1,00

total97

0,82

0,82

1,00

total98

0,68

0,82

0,82

1,00

total99

0,66

0,61

0,79

0,62

1,00

total00

0,67

0,77

0,83

0,87

0,81

1,00

total01

0,59

0,59

0,73

0,71

0,87

0,89

1,00

total02

0,58

0,70

0,78

0,83

0,75

0,91

0,88

1,00

total03

0,53

0,60

0,71

0,67

0,68

0,83

0,81

0,89

1,00


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